Nos últimos dias, uma espessa névoa de fumaça encobriu o céu do Distrito Federal, levando a qualidade do ar a níveis preocupantes. Pela primeira vez, as medições registraram condições classificadas como “péssimas”, um alerta grave para a saúde pública. A origem dessa fumaça é atribuída aos incêndios que ocorreram na região Sudeste do país, cujas partículas de fuligem se espalharam pela atmosfera e chegaram à capital.
Esse episódio ressalta a importância do monitoramento constante do Índice de Qualidade de Ar (IQAr) no DF. Atualmente, a rede de monitoramento conta com seis estações de medição, distribuídas em pontos estratégicos: Fercal, Rodoviária do Plano Piloto, Jardim Zoológico de Brasília, IFB Riacho Fundo e IFB Estrutural. Os aparelhos na Fercal realizam medições diárias de forma automática, enquanto os outros operam com amostragens a cada seis dias.
Em resposta à crise atual e como parte de uma estratégia mais ampla de proteção ambiental, o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou a instalação de duas novas estações de monitoramento. Com um investimento aproximado de R$ 4 milhões, esses novos equipamentos serão implantados na área central de Brasília e no lado sul do DF. Eles serão similares aos da Fercal, reforçando a capacidade de monitoramento diário da qualidade do ar na capital.
Essas medidas já integram as ações planejadas pelo GDF após a criação de uma comissão, instituída por decreto, para desenvolver um plano específico de resposta a episódios críticos de poluição do ar. A comissão, que inclui especialistas do Brasília Ambiental, realiza sua primeira reunião nesta quinta-feira (29), e uma das prioridades será acelerar a aquisição dos novos equipamentos.
Apesar de a fumaça que impactou o DF não ter relação direta com os incêndios florestais locais, o GDF faz um apelo à população para que evite queimadas de qualquer tipo e colabore com as autoridades. Em caso de identificação de focos de incêndio, os cidadãos devem entrar em contato imediatamente com o Corpo de Bombeiros pelo número 193.
A previsão é de que a nova infraestrutura ajude a melhorar o monitoramento e a resposta rápida a futuros episódios de poluição, minimizando os impactos na saúde da população.