O Distrito Federal pedala ocupa posição de destaque no mapa do ciclismo urbano do país. A capital federal reúne hoje 727 quilômetros de malha cicloviária distribuídos por 32 regiões administrativas, segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob).
É a segunda maior rede do Brasil ,atrás apenas de São Paulo, que soma 771,17 quilômetros de vias exclusivas ou compartilhadas para ciclistas, de acordo com dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
O avanço é expressivo: desde dezembro de 2018, o Distrito Federal ampliou em 55% sua infraestrutura para quem se locomove sobre duas rodas. Antes, eram 466,6 quilômetros de ciclovias , quase 300 a menos do que hoje.
A expansão, porém, está longe de chegar ao fim. No ano passado, o governo lançou o programa Vai de Bike, que promete adicionar mais 300 quilômetros à malha, além da instalação de 3 mil novos paraciclos e da conexão de trechos hoje isolados.
A licitação para esses suportes de bicicletas saiu em fevereiro, com previsão de investimento acima de R$ 2,7 milhões. O planejamento inclui mapeamento das áreas com maior demanda e pontos que precisam de reparos ou integração.
A legislação atual já determina que toda obra viária nova, de ampliação ou adequação, incorpore ciclovias ou ciclofaixas. Um dos exemplos é o Corredor Eixo Oeste, que deverá incluir uma rota exclusiva desde o Sol Nascente até o Eixo Monumental, seguindo até o Terminal da Asa Sul.
No asfalto, não faltam frentes de trabalho. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) conduz obras que devem adicionar 40 quilômetros de travessias cicloviárias ,investimento estimado em R$ 8 milhões.
Uma das intervenções mais avançadas está na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), com 9 quilômetros de ciclovia que irão ligar o Pistão Sul, em Taguatinga, à Candangolândia, passando por Riacho Fundo, Arniqueira e Núcleo Bandeirante.
A Secretaria de Obras e Infraestrutura também participa da transformação. Na pista da Epig (Estrada Parque Indústrias Gráficas), a construção de travessias para ciclistas e pedestres integra um pacote de R$ 160 milhões. A via terá pavimento rígido e conexão direta entre o viaduto da Epia e o Eixo Monumental, facilitando o acesso ao coração da cidade.
Brasília nasceu sob o traço modernista que privilegiava o automóvel. Agora, acelera para recuperar o tempo perdido e garantir que o ciclista tenha vez e, enfim, caminho livre.






































