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Minas Gerais impulsiona economia nacional com exportações de US$ 13,8 bilhões no primeiro quadrimestre de 2025

   Foto:Cristiano Machado / Imprensa MG

Minas Gerais começou 2025 com o pé no acelerador no comércio exterior. O estado, conhecido por sua força no agronegócio e na mineração, fechou os quatro primeiros meses do ano com US$ 13,8 bilhões em exportações, consolidando-se como o segundo maior exportador do Brasil. Os dados, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), revelam um crescimento de 2% em relação ao mesmo período de 2024.

O desempenho não se limita ao volume exportado. Minas Gerais também garantiu um superávit comercial de US$ 8 bilhões, saldo obtido ao subtrair os US$ 5,8 bilhões em importações — valor que também cresceu, com alta de 18% frente ao ano anterior. Com isso, o estado segue entre os cinco maiores importadores do país e ocupa o terceiro lugar no fluxo comercial nacional, que soma exportações e importações.

Abril confirma tendência de alta

Somente no mês de abril, Minas Gerais movimentou US$ 5,2 bilhões no comércio exterior. Foram US$ 3,7 bilhões em exportações, um aumento de 5,7%, e US$ 1,4 bilhão em importações, com alta de 7,3%. O resultado foi um saldo positivo de US$ 2,3 bilhões na balança comercial, confirmando a força do estado como segundo maior superavitário do Brasil.

Um dos pilares do bom desempenho mineiro é a diversificação de produtos e destinos. Os itens que mais impulsionaram as vendas ao exterior foram o café (26,4%), os minérios de ferro (20,8%), a soja (14,3%), o ouro (6,7%) e as ferroligas (4,8%). Produtos menos convencionais também aparecem na lista de exportações, como ferro fundido bruto, hidrogênio e até fogos de artifício.

Minas exportou para 165 países em abril, com destaque para a China (34,2%), Estados Unidos (13%), Canadá (5,3%), Argentina (4,8%) e Alemanha (4%). Essa capilaridade global amplia a resiliência da economia mineira frente às oscilações do mercado internacional.

Na divisão por municípios, Varginha liderou as exportações (8,1%), seguida por Guaxupé, Araxá, Nova Lima e Paracatu, mostrando que o dinamismo econômico do estado vai muito além da capital.

Importações com foco em tecnologia e saúde

Do lado das importações, o destaque ficou com a cidade de Extrema, responsável por 14,5% das aquisições internacionais, superando Betim e Uberaba. A lista de produtos mais importados revela o perfil industrial e tecnológico do estado: automóveis, hulhas, peças de tratores e veículos especiais, além de medicamentos, vacinas e produtos biotecnológicos.

Esse movimento revela uma cadeia produtiva cada vez mais conectada com inovação e tecnologia, com forte presença do setor farmacêutico e automotivo, especialmente no Sul e no Triângulo Mineiro.

Com um cenário externo ainda desafiador e a economia nacional em compasso de retomada, Minas Gerais mostra que é possível crescer com planejamento, diversidade produtiva e presença internacional.

A balança comercial positiva não é apenas um número bonito para relatórios: ela se traduz em empregos, renda e investimentos em toda a cadeia produtiva mineira.

 

 

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