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Condepac-DF Reconhece Cultura de Respeito à Faixa de Pedestres como Patrimônio Cultural Imaterial do DF

   Imagem ilustrativa

Em uma reunião extraordinária realizada nesta sexta-feira (19), o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac-DF) aprovou o reconhecimento da cultura de respeito à faixa de pedestres como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal. O encontro, com pauta única, apresentou um parecer detalhado que incluiu a caracterização da faixa de pedestres, seu histórico no Brasil e no Distrito Federal, o enquadramento conceitual e recomendações para futuras ações de salvaguarda.

Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa do DF e presidente do Condepac, destacou a significativa mobilização da sociedade civil em prol do respeito à faixa de pedestres na capital federal, especialmente na década de 1990. “Os órgãos de imprensa e do governo foram fundamentais para a materialização disso. O sentimento disseminado na sociedade foi um diferencial para que possamos ter a faixa de pedestres como uma política pública de mobilidade e respeito ao pedestre. Ao longo dos anos, essa iniciativa se transformou em uma característica peculiar do brasiliense”, afirmou.

Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural (Supac) e conselheiro do Condepac, realizou a leitura do relatório. “Entendemos que a cultura de respeito à faixa de pedestres merece ser registrada como bem cultural imaterial. Compreendemos que tal cultura não se restringe apenas a normas de trânsito, mas representa valores à coletividade do Distrito Federal. A faixa de pedestres é um símbolo universal de proteção e consideração mútua entre pedestres e condutores, refletindo a convivência harmoniosa e a organização social nas cidades, mas no DF é também um símbolo de identidade e pertencimento”, destacou.

Após a leitura do relatório, foi realizada uma votação que aprovou o reconhecimento da manifestação cultural como patrimônio imaterial. Em seguida, uma comunicação será encaminhada ao governador do DF, que editará um decreto oficializando o processo. A expectativa é que a confirmação ocorra até 8 de agosto, quando é celebrado internacionalmente o Dia do Pedestre.

O processo de reconhecimento teve início por meio da manifestação da associação civil sem fins lucrativos “Andar a pé – O movimento da Gente”. O pedido passou por tramitação na Supac e recebeu uma indicação positiva para o registro como patrimônio imaterial. Com o reconhecimento, a cultura de respeito à faixa de pedestres se junta a outros bens imateriais registrados no Distrito Federal, como a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro – Aruc, o Bumba Meu Boi do Seu Teodoro, o Clube do Choro de Brasília, a Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o Ideário Pedagógico de Anísio Teixeira, a Via Sacra ao vivo de Planaltina e a Praça dos Orixás e Festa de Iemanjá.

Este reconhecimento reforça a importância de preservar e valorizar as práticas culturais que contribuem para a identidade e a convivência harmoniosa na sociedade do Distrito Federal.

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