O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa a pensar na área estratégica e que estava muito conectada com o bolsonarismo. Trata-se das Forças Armada. Para tanto, o petista pretende entregar o comando do Exército, em janeiro, ao general Julio Cesar de Arruda. Ele é atualmente chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC).
No entanto, os conselheiros de Lula sugerem que seja o general Tomás Paiva. Ele é comandante militar da região Sudeste. A lista que está nas mãos do petista consta mais dois outros nomes de generais. Dentre os mais antigos e experientes para comandar a Força Terrestre estão: o chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf, e o comandante de Operações Terrestres, Estevam Theophilo.
Pela ordem de classificação de quatro estrelas, isto é, a mais alta patente é a seguinte: Arruda, em março de 2019; Stumpf e Paiva, em julho de 2019; Theophilo, em novembro de 2019. Lula é aconselhado a não inovar na escolha. Assim, faria a seleção dos três mais antigos. Na prática, seriam quatro, pois Stumpf e Paiva dividem a segunda posição e ambos passariam à reserva na mesma época, em julho de 2023; Arruda, em março, e Theophilo, em novembro. Os demais 12 integrantes do Alto Comando do Exército se aposentam somente a partir de 2024.
A escolha para o cargo é exclusivamente pessoal do presidente. Entretanto, o temor na caserna é de que Lula abandone o critério, como fez o aliado e presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Lá se provocou uma troca sem precedentes e aposentando de uma só vez uma leva de quase 50 oficiais-generais.
Para oficiais-generais da ativa e da reserva, se Lula usar o mesmo critério que prevaleceu nos dois primeiros governos petistas, isso elimina a tensão com as Forças Armadas. Assim, seriam nomeados os comandantes tanto do Exército quanto da Aeronáutica e da Marinha os militares mais antigos do generalato.
Jornal Opção