Levantamento da Polícia Civil mostra avanço significativo nas ações de busca e localização no estado
Minas Gerais registrou um avanço importante na busca por pessoas desaparecidas: o número de localizações aumentou 25,2% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, 1.572 pessoas foram encontradas entre janeiro e março, o que equivale a 17 reencontros por dia, segundo dados da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD) da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
O dado mostra que as estratégias adotadas pelas autoridades mineiras estão surtindo efeito. O reforço nas equipes, o uso de ferramentas tecnológicas e a maior capilaridade dos canais de denúncia — como o telefone 197, que recebe ligações anônimas e gratuitas — contribuíram diretamente para esse resultado.
Na capital mineira, o avanço foi ainda mais expressivo. Belo Horizonte localizou 385 pessoas desaparecidas , ante 293 em igual período de 2024. Isso representa uma alta de 31,4% e reforça o trabalho estratégico da Polícia Civil na região metropolitana.
Vale lembrar que em 2024, o crescimento já havia sido de 19,8% em relação a 2023 — um reflexo do esforço contínuo das autoridades em reduzir o tempo de resposta e aumentar a eficiência na localização de pessoas.
Apesar dos bons resultados, a PCMG alerta para um problema recorrente: a omissão no registro do reencontro. Muitos casos de retorno voluntário para casa ou reencontros familiares não são formalizados junto às autoridades. Isso compromete o mapeamento real da situação e prejudica as estatísticas oficiais.
A orientação é clara: se você reencontrou uma pessoa desaparecida, vá até uma delegacia da Polícia Civil ou da Polícia Militar e registre o fato. O procedimento é simples, rápido e essencial para garantir a precisão dos dados e a melhoria contínua dos serviços públicos voltados a esse tema.
O aumento nas localizações também é reflexo de uma maior integração entre as forças de segurança, o poder judiciário, conselhos tutelares e a rede de assistência social. O uso de bancos de dados integrados, softwares de cruzamento de informações e uma atuação mais preventiva junto às comunidades têm sido fundamentais para os reencontros acontecerem com mais agilidade.
Além disso, campanhas educativas e o fortalecimento do canal 197 têm estimulado mais denúncias, mais olhos atentos e mais pessoas colaborando com as investigações.