A economia de Goiás fechou o primeiro semestre de 2025 com um dos desempenhos mais expressivos do país. De acordo com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), calculado pelo Banco Central e analisado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), o estado registrou crescimento acumulado de 5,4% entre janeiro e junho, resultado que coloca Goiás na quarta posição nacional e bem acima da média brasileira, de 3,2%.
O avanço se mantém consistente também em outras métricas. Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 4,3%, superando o índice nacional de 3,9%. Na comparação interanual — junho de 2025 contra junho de 2024 —, Goiás cresceu 2,1%, enquanto o Brasil avançou 1,4%.
O avanço econômico goiano tem ligação direta com três pilares: o agronegócio, a indústria de transformação e os serviços.
- Agronegócio: Goiás segue como uma das potências nacionais na produção de grãos, especialmente soja e milho, além da pecuária de corte e leiteira. A supersafra deste ano impulsionou exportações e garantiu maior circulação de capital dentro do estado.
- Indústria: segmentos ligados à transformação de alimentos, mineração e produção de fertilizantes vêm ganhando fôlego com incentivos fiscais e parcerias privadas.
- Serviços: turismo, logística e comércio eletrônico expandiram suas operações, beneficiados pela posição geográfica central de Goiás, que funciona como hub de distribuição para diferentes regiões do país.
O cenário é considerado positivo também para o mercado de trabalho. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam que o estado figura entre os que mais geraram vagas formais nos primeiros seis meses do ano, consolidando o vínculo entre crescimento econômico e oportunidades de emprego.
O que é o IBCR
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), elaborado pelo Banco Central, funciona como uma espécie de “prévia” do PIB, permitindo um acompanhamento mensal da atividade econômica. O cálculo considera informações da Pesquisa Industrial Anual (PIA), da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e da Produção Agrícola Municipal (PAM), entre outros levantamentos oficiais.
Diferentemente do PIB, divulgado trimestralmente, o IBCR oferece maior agilidade para medir oscilações econômicas, servindo como instrumento para governos e empresas ajustarem estratégias em tempo real.