Um ano após iniciar a modernização do sistema de bilhetagem, o Distrito Federal concluiu a digitalização total do pagamento no transporte público coletivo. Desde 1º de julho de 2024, passageiros de ônibus e metrô não podem mais pagar a tarifa em dinheiro. Todos os embarques agora são realizados com cartões Mobilidade, Vale-Transporte, bancários com tecnologia por aproximação (crédito e débito), além das gratuidades previstas em lei.
A mudança, executada de forma escalonada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), começou com 52 das 934 linhas urbanas. Gradualmente, a opção em espécie foi sendo retirada até ser completamente eliminada.
Segundo dados do sistema de bilhetagem automática, mais de 1,4 milhão de acessos são registrados por dia no transporte público do DF. Desse total, 60% são pagos com os cartões Mobilidade e Vale-Transporte — que garantem ao passageiro o benefício da integração: até três embarques em três horas, com tarifa máxima de R$ 5,50.
Outros 30% dos acessos são realizados por gratuidades, como os cartões de estudantes, pessoas com deficiência e idosos. Cartões bancários, físicos ou por meio de dispositivos com tecnologia NFC (como smartphones, relógios e pulseiras), representam 9% das passagens. No entanto, esse último grupo, assim como as gratuidades, não conta com o benefício de integração.
A implementação do modelo digital também provocou um crescimento expressivo na emissão de cartões Mobilidade. O número saltou de 491.331 para 723.469 unidades entre julho de 2024 e maio deste ano — uma alta de 47%. A emissão da primeira via do cartão segue gratuita e pode ser feita nos postos do BRB Mobilidade. A recarga pode ser realizada presencialmente com dinheiro, ou digitalmente via Pix, pelo app do banco.
Apesar do fim do dinheiro como forma de pagamento a bordo, a modalidade segue permitida para aquisição de bilhetes avulsos (QR Code) nos pontos de atendimento. Essa opção, usada por apenas 1,24% dos passageiros, não dá direito à integração e vale para uma única viagem, com o mesmo preço da tarifa da linha.
O Distrito Federal é uma das primeiras unidades da federação a concluir esse processo em toda a rede.