O Distrito Federal passa a integrar oficialmente o botão de emergência da Uber ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).
A parceria, firmada nesta quinta-feira (24), promete agilizar o atendimento da Polícia Militar (PMDF) em situações críticas vividas por motoristas e passageiros durante corridas.
A tecnologia já está ativa e traz uma inovação simples, mas poderosa: agora, ao acionar o botão de emergência no aplicativo da Uber, as informações da viagem — como a localização em tempo real, placa, modelo e cor do veículo, além dos dados do usuário e do motorista — são enviadas automaticamente para as autoridades. Tudo isso antes mesmo da ligação ser concluída para o 190.
Segundo o Governo do Distrito Federal, a iniciativa faz parte de uma política de segurança pública que busca usar a tecnologia como aliada na proteção da população. “Temos os melhores índices de segurança da nossa história. E sermos referência também na proteção dos usuários de aplicativos é motivo de orgulho”, afirmou a vice-governadora Celina Leão, durante o evento de assinatura do acordo.
Como funciona na prática?
Durante qualquer corrida feita pela Uber no DF, o botão de emergência — representado por um escudo — fica disponível para o passageiro e o motorista. Caso seja necessário acioná-lo, o usuário é redirecionado para a opção “Ligar para a Polícia”. Ao escolher essa alternativa, o sistema envia automaticamente todos os dados relevantes da corrida para a central do Ciob. Em seguida, a ligação é feita, já com as informações nas mãos da equipe policial.
A integração se dá por meio da empresa RápidOS, que faz a ponte entre o sistema da Uber e os canais oficiais de segurança pública do DF. A tecnologia utiliza GPS e sinal de Wi-Fi para fornecer a localização mais precisa possível.
“Na prática, nada muda para o motorista ou para o passageiro. O aplicativo é o mesmo. A diferença é que agora, ao ligar para o 190 dentro da plataforma, a polícia já recebe informações cruciais que antes não chegavam tão rápido”, explica Yuri VillaCorta, gerente de Comunicação para Assuntos de Segurança da Uber no Brasil.
A novidade também beneficia quem utiliza a função de solicitar uma corrida para outra pessoa. O sistema garante que o solicitante possa acompanhar a viagem em tempo real e acionar o botão de emergência, caso perceba alguma situação suspeita.
“Essa funcionalidade permite que mesmo quem não está dentro do carro possa acionar o botão e fornecer dados à polícia. É uma forma de ampliar a rede de proteção”, completa Villacorta.
O Acordo de Cooperação Técnica (ACT) prevê também a capacitação de agentes da PMDF e a adaptação dos sistemas envolvidos, sempre em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A troca de informações só ocorre em caso de emergência e de maneira segura.
O Distrito Federal é a primeira unidade da Região Centro-Oeste a implementar esse tipo de integração com o canal de emergência 190. A expectativa é que a medida ajude a inibir casos de assédio, sequestros-relâmpago e outras situações de risco, oferecendo uma resposta mais rápida e eficiente por parte das forças de segurança.
Em tempos de cidades cada vez mais conectadas, tecnologia e segurança pública caminham lado a lado.
