Novo retrato do DF: Pdad-A  traz informações detalhadas sobre população do DF

   Foto: George Gianni / VGDF

Em um movimento inédito para fortalecer o planejamento e a execução de políticas públicas no Distrito Federal, o Governo do DF apresentou nesta segunda-feira (14), no Palácio do Buriti, os resultados da nova Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A).

O levantamento, conduzido pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), se consagra como o maior já feito pelo governo local, trazendo dados precisos sobre o perfil dos moradores das 35 regiões administrativas, da zona rural e dos 12 municípios goianos que compõem a chamada Periferia Metropolitana de Brasília.

O objetivo é claro: oferecer às administrações regionais um raio-X detalhado de suas comunidades, para que as ações governamentais deixem de ser generalistas e passem a responder com mais precisão às realidades locais.

Segundo a governadora em exercício Celina Leão, a ampliação da pesquisa vai além dos números. “A Pdad-A nos dá a oportunidade de olhar com mais profundidade para a população, entendendo onde estão os gargalos, onde nossas ações estão funcionando e onde precisamos agir com mais intensidade. Essa base de dados é um instrumento poderoso para uma gestão mais inteligente e próxima das pessoas”, destacou.

Retrato atualizado da população do Distrito Federal

A pesquisa realizada ao longo de 2024 ouviu moradores de 25 mil domicílios e revelou que o Distrito Federal tem hoje uma população de 2.982.658 habitantes.

Desses, 2.861.133 vivem em áreas urbanas e 121.525 em áreas rurais. Já a chamada Área Metropolitana de Brasília, que inclui cidades do entorno, soma mais de 4,2 milhões de moradores distribuídos em 1,4 milhão de residências.

Além de dados demográficos clássicos, como idade e raça, a pesquisa abordou aspectos sociais e culturais mais específicos — como presença de animais de estimação, titularidade dos imóveis e composição familiar.

Ceilândia segue como a região mais populosa do DF, com mais de 287 mil moradores. Águas Claras aparece como destaque em regularização fundiária, com 98,8% das residências escrituradas. Já o Park Way se destaca pelo amor aos pets: 73,9% das residências abrigam ao menos um animal.

No Jardim Botânico, 48,8% dos lares são formados por casais com filhos, enquanto no Sudoeste e na Octogonal predominam os arranjos interpessoais — com 42,7% dos domicílios compostos por adultos sem filhos. No Paranoá, uma realidade marcante: 27,6% dos lares são chefiados por mulheres que criam os filhos sozinhas.

Outro dado que chama atenção é o crescimento da população negra no DF, que agora representa 58,3% do total. A média de idade é de 34,9 anos, e as mulheres seguem como maioria, compondo 52,3% da população.

Planejamento com base em dados

Com a nova edição da Pdad-A, o Governo do Distrito Federal aposta na inteligência de dados como pilar para políticas públicas mais eficazes. A expectativa é que os administradores regionais usem as informações levantadas para identificar carências específicas em suas regiões — desde mobilidade e habitação até segurança, saúde e educação.

Ao incluir também a zona rural e a Periferia Metropolitana de Brasília, a pesquisa rompe a barreira da “bolha urbana” e reconhece a interdependência entre o DF e o entorno, um território que cresce, se transforma e influencia diretamente a dinâmica da capital.

 

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