As exportações do Distrito Federal somaram US$ 72,3 milhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um avanço nominal de 46,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2024, o crescimento foi de 4%.
Os dados estão na quinta edição do Boletim do Comércio Exterior, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a pedido da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-DF), e divulgado nesta quarta-feira (26).
Entre os itens mais exportados pela capital federal, o querosene de aviação se destacou. Sozinho, o produto somou mais de US$ 19 milhões e respondeu por 27% do total exportado no período. A operação corresponde ao abastecimento de aeronaves estrangeiras no Aeroporto Internacional de Brasília, procedimento contabilizado como exportação na balança comercial.
Além do combustível aéreo, outros produtos com peso relevante na pauta exportadora do DF foram carne de galos e galinhas, soja e enchidos de carne. Juntos, esses itens representaram 74,9% do total exportado nos três primeiros meses do ano.
DF entre os maiores exportadores de sorgo
O boletim também destaca o desempenho do Distrito Federal na exportação de sorgo de grão para semeadura. No período, a capital foi responsável por US$ 1,3 milhão em vendas externas do produto — o equivalente a 29,8% do total exportado pelo Brasil, atrás apenas de Minas Gerais. A Bolívia foi o principal destino. A participação expressiva evidencia a relevância da produção de sementes no DF, marcada por elevada qualidade, produtividade e uso de tecnologias avançadas.
Déficit comercial aumenta com alta das importações
Do lado das importações, o DF registrou US$ 557,4 milhões em compras no exterior no primeiro trimestre, um aumento de 66,3% em comparação com igual período de 2024. O crescimento ampliou o déficit da balança comercial local, estruturalmente negativa por considerar compras governamentais, sobretudo na área da saúde.
Produtos farmacêuticos, químicos, medicinais e botânicos responderam por 84,3% do valor total importado , categoria que costuma liderar o ranking de compras internacionais da capital federal.
A publicação também chama atenção para a exportação de outras frutas de casca rija, frescas ou secas, destinadas à Bélgica. Embora o valor tenha sido modesto — US$ 1,6 mil —, a operação representou 59,7% das vendas brasileiras dessa categoria no trimestre.
A íntegra da quinta edição do Boletim do Comércio Exterior está disponível no site do IPEDF.