O Distrito Federal se consolida como referência nacional em educação. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada neste ano, apenas 1,8% da população do DF com 15 anos ou mais não sabe ler ou escrever, o menor índice do país. A conquista ganha ainda mais relevância neste 8 de setembro, Dia Mundial da Alfabetização, instituído pela Unesco para reforçar a importância da leitura e da escrita no desenvolvimento social.
Nos primeiros anos escolares, os avanços também são visíveis. A Prova DF mostrou que 59,1% dos estudantes concluíram o 2º ano do ensino fundamental alfabetizados. A meta é ambiciosa: chegar a 80% até 2030, dentro do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Para alcançar esse objetivo, a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) lançou o programa Alfaletrando, estruturado em cinco eixos: governança e política distrital, formação de professores, infraestrutura, avaliação e reconhecimento de boas práticas.
A alfabetização na rede pública do DF começa aos 6 anos e deve estar consolidada até o 3º ano do fundamental. Para isso, a SEEDF investe em materiais pedagógicos, formação de docentes e incentivo à leitura — como os “cantinhos de leitura” nas escolas. Avaliações de fluência leitora, com apoio de tecnologia, permitem medir o desempenho das crianças no 2º ano e orientar intervenções pedagógicas.
Segundo a secretaria, a integração entre tecnologia, capacitação de professores e acompanhamento contínuo fortalece o processo de alfabetização desde o início da vida escolar.
Educação de Jovens e Adultos -EJA
A luta contra o analfabetismo também avança entre jovens, adultos e idosos. O programa DF Alfabetizado abriu 53 turmas e atendeu 1.350 pessoas no primeiro semestre de 2025. No segundo semestre, já são 64 turmas em áreas urbanas e rurais.
O diferencial do programa é a descentralização: ele chega a comunidades, assentamentos, núcleos rurais, casas de acolhimento e lares de idosos ,locais onde a escola tradicional não alcança. Além da alfabetização básica, o DF Alfabetizado garante transição para a EJA, ampliando as chances de concluir a educação básica e conquistar melhores oportunidades de emprego e renda.
Outra iniciativa é o Programa de Formação Continuada e em Serviço dos Profissionais da EJA e do DF Alfabetizado, que capacitou 1.400 educadores apenas no primeiro semestre de 2025.
O DF também aderiu ao Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA e se prepara para implantar o PNLD EJA, que vai distribuir livros didáticos em 2026, com conteúdos de cultura digital.
Rumo a um DF livre do analfabetismo
Com os números atuais e os investimentos em políticas públicas, o Distrito Federal caminha para se tornar o primeiro território brasileiro livre do analfabetismo.