O Governo do Distrito Federal (GDF) está ampliando sua estratégia no combate ao Aedes aegypti com o uso de tecnologia. A Secretaria de Saúde (SES-DF) anunciou a contratação de uma empresa especializada no uso de drones para realizar varreduras em áreas estratégicas da capital. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (30) pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, durante o CB.Debate Dengue: Uma Luta de Todos, promovido pelo jornal Correio Braziliense.
Monitoramento tecnológico contra o mosquito
De acordo com a secretária, os drones permitirão mapear criadouros do mosquito em uma extensa área de 18,4 mil hectares. A partir dessa identificação, as equipes poderão agir de forma mais eficiente, eliminando focos da doença. Além do mapeamento, a tecnologia será usada para a aplicação de produtos contra larvas do Aedes aegypti, com previsão de quase 11 mil aplicações.
“A aquisição desses equipamentos irá ampliar nossa capacidade de detecção e combate ao mosquito. Com uma ação direcionada, conseguimos atuar com mais precisão e rapidez”, explicou Lucilene Florêncio.
Apesar dos avanços tecnológicos, a secretária destacou que o engajamento da população ainda é essencial no combate ao Aedes aegypti. Segundo ela, aproximadamente 75% dos criadouros do mosquito estão dentro das residências, tornando indispensável a colaboração dos moradores.
“É importante que cada pessoa dedique pelo menos dez minutos por semana para verificar possíveis focos dentro de casa. A dengue, a febre amarela, a zika e a chikungunya são ameaças reais, e o controle começa dentro dos lares”, alertou.
Além da contratação de drones, a Secretaria de Saúde vem adotando diversas medidas para reduzir a incidência de casos de dengue no DF. Entre as ações implementadas estão a convocação de novos servidores, intensificação das visitas domiciliares, uso de ovitrampas, borrifação residual e estações disseminadoras de larvicidas. Outra ferramenta utilizada é o aplicativo e-visit@, que facilita a comunicação entre a população e as equipes de fiscalização.
Baixa adesão à vacinação preocupa autoridades
Outro ponto de preocupação da SES-DF é a baixa adesão à vacina Qdenga, destinada a adolescentes de 10 a 14 anos. Segundo dados divulgados pela pasta, apenas 46% desse público recebeu a primeira dose da vacina, enquanto a cobertura da segunda dose cai para alarmantes 18,9%.
“Temos adolescentes vacinados, mas não imunizados. Isso significa que o risco de contágio continua alto. Precisamos que as famílias se conscientizem sobre a importância da imunização completa”, enfatizou a secretária.