Cuidado desde o primeiro respiro

   Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

 

 DF sai na frente e protege bebês prematuros com medicamento inédito na rede pública

Em um momento em que os sistemas públicos de saúde enfrentam tantos desafios, o Distrito Federal decidiu olhar com atenção para quem mais precisa: os bebês prematuros. E fez história. A capital do país é a primeira unidade da federação a oferecer o Nirsevimabe na rede pública, um anticorpo de ação prolongada que protege recém-nascidos de infecções respiratórias graves — como bronquiolite e pneumonia — causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR).

Para pais que vivem a angústia de ver um filho nascido antes do tempo, qualquer iniciativa que traga segurança é um alento. E é exatamente isso que o novo protocolo da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) entrega: um cuidado precoce, planejado e eficaz.

O Nirsevimabe não é uma vacina. Ele é um anticorpo pronto, com efeito imediato e ideal para proteger crianças que ainda não têm um sistema imunológico completamente desenvolvido.

O medicamento será administrado antes do aumento natural dos casos de doenças respiratórias, nos meses mais frios. Isso significa menos bebês internados, menos UTI neonatal lotada e mais tranquilidade para milhares de famílias.

A distribuição está sendo feita de forma proporcional nas 11 maternidades da rede pública, com base nas estimativas de nascimentos prematuros.

Além disso, a aplicação segue um protocolo técnico e humanizado, elaborado com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). Médicos, enfermeiros e farmacêuticos estão sendo capacitados para garantir que cada dose seja aplicada com a segurança que a vida exige.

Quem será atendido?

  • Nirsevimabe: para bebês prematuros entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024.
  • Palivizumabe: permanece indicado para bebês com até 32 semanas de idade gestacional.

Ambos são ofertados gratuitamente pelo SUS, garantindo que o acesso ao cuidado não dependa da condição financeira da família.

Aprovado pela Anvisa no fim de 2023 e recém-incorporado ao SUS, o Nirsevimabe representa um avanço não apenas médico, mas social. A iniciativa do GDF coloca Brasília na vanguarda.

Investir em medicamentos como esse não é só cuidar de um bebê — é garantir um futuro mais saudável, mais justo e mais humano para toda a sociedade.

 

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