O Banco de Brasília (BRB) apresentou um desempenho expressivo no primeiro semestre de 2025, com lucro líquido recorrente acumulado de R$ 518 milhões, equivalente a um avanço de 461,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No segundo trimestre, o banco obteve R$ 280,3 milhões, consolidando o ritmo de crescimento.
Especialistas atribuem o desempenho à combinação de expansão da base de clientes, crescimento da carteira de crédito e uma gestão eficiente de riscos. Com 9,6 milhões de clientes — um salto de 23,9% — o BRB consolidou sua presença em novos mercados, incluindo canais digitais e tradicionais.
Os ativos totais alcançaram R$ 74,5 bilhões, aumento de 40,7%, enquanto o patrimônio líquido registrou alta de 60,1%, atingindo R$ 4 bilhões. A carteira de crédito também se expandiu significativamente: R$ 59,4 bilhões (+59,4%). Em termos de captação, o BRB teve crescimento de 43,8%, com destaque para CDBs (+52,1%), LCIs/LCAs (+52,7%) e depósitos judiciais (+29,4%).
A margem financeira ultrapassou R$ 2,3 bilhões (+43,9%), e o resultado de intermediação financeira, R$ 2 bilhões, um avanço de 72,7%. O ROAE ficou em 21,8% e o índice de Basileia, em 13,91%, com custo de captação mantido abaixo de 100% do CDI.
Segundo o presidente Paulo Henrique Costa, trata-se de uma resposta da instituição à “estratégia consistente de crescimento, diversificação e proximidade com o cliente”.
Expansão física e digital
O BRB ampliou sua presença territorial, contabilizando 988 pontos de atendimento até o fim do semestre. O banco assumiu também a gestão das folhas de pagamento de órgãos públicos nos estados do Tocantins, Paraíba e Alagoas, além de estar presente em todas as regiões do País e em 39 países, por meio de sua estrutura digital.
A transformação digital foi reforçada: 98,5% das transações ocorreram por canais eletrônicos, totalizando 232 milhões de operações (+36,6%). O SuperApp registrou 185,1 milhões de transações (+53,6%).
O BRBJus, sistema de depósitos judiciais com carteira de R$ 25 bilhões, passou por reforço em automação, segurança e relatórios inteligentes, consolidando o Pix Judicial como principal meio de pagamento dessa modalidade.
Segmentos estratégicos do crédito
No crédito imobiliário, o BRB manteve liderança no Distrito Federal, com carteira de R$ 13,5 bilhões, e alcançou a 5ª colocação no ranking nacional. No agronegócio, a carteira rural cresceu 18,3%, totalizando R$ 1,9 bilhão, com foco na expansão em regiões como DF, RIDE, MG, BA, TO e MT.
A inadimplência caiu para 1,57%, reduzindo-se em 1,74 ponto percentual nos últimos 12 meses.
No conglomerado:
- Financeira BRB: carteira de R$ 6,1 bilhões (+49,8%) e originação de R$ 3,6 bilhões (+110,1%) com inadimplência de 0,95%.
- BRB Seguros: emissão de R$ 689,9 milhões (+13,4%) em prêmios; lucro de R$ 61,7 milhões.
- BRBCARD: lucro líquido de R$ 24,1 milhões (+143%) e 949 mil cartões emitidos.
- BRB DTVM: lucro líquido de R$ 2,7 milhões (+259%), ativos de R$ 7,1 bilhões (+16%), e AuC de R$ 4,25 bilhões (+134%).
- BRB Serviços: receita de R$ 62,9 milhões (+9,8%) e lucro de R$ 782 mil (+141,3%).
Responsabilidade social e ESG
No aspecto social, o BRB operacionalizou 30 programas, atendendo mais de 414 mil famílias, por meio de iniciativas como o “Prato Cheio” e o Cartão Material de Construção. O programa Vai de Graça, que oferece transporte público gratuito em fins de semana e feriados, registrou 99,6 milhões de acessos no trimestre.
O Instituto BRB investiu R$ 645 mil em projetos que impactaram 38 mil pessoas diretamente, atingindo 1,2 milhão indiretamente. Internamente, um esforço por sustentabilidade gerou uma redução de 37% no volume de páginas impressas, reflexo da digitalização de processos administrativos.