O Dia da Consciência Negra, comemorado neste 20 de novembro, é um momento significativo na história e na luta pela igualdade racial no Brasil. Instituido pela Lei nº 12.519/2011, a data presta homenagem a Zumbi dos Palmares, o líder do maior quilombo do país, que se tornou um símbolo de luta contra a escravidão e pela liberdade. A escolha da data remete ao dia de sua morte, ocorrida em 1695, pelas mãos de bandeirantes, firmando a memória de Zumbi como um ícone da resistência afro-brasileira.
Para além de ser um feriado nacional , a data nos convida a refletir sobre as consequências históricas da escravidão e as desigualdades raciais que ainda existem em nosso país. Informações recentes indicam que a população negra ainda lida com sérios obstáculos, como índices mais elevados de analfabetismo, salários inferiores no mercado de trabalho e uma maior exposição à violência policial. A taxa de homicídios entre jovens negros é, por exemplo, extremamente preocupante, ressaltando a necessidade urgente de políticas públicas efetivas.
O Dia da Consciência Negra também celebra a rica cultura afro-brasileira, que se manifesta na música, na gastronomia, na religiosidade e em várias expressões artísticas. Esse dia tem como objetivo reconhecer os avanços alcançados pelos movimentos negros, que, ao longo dos anos, batalharam por direitos essenciais, incluindo acesso à educação e representatividade no cenário político.
A recente sanção da Lei nº 14.759/2023, que institui um feriado nacional, ressalta a relevância de data em todo o território nacional. Contudo, a luta contra o racismo estrutural pede mais do que festas: demanda ações concretas, que vão desde a educação inclusiva até a promoção da igualdade de oportunidades e o enfrentamento de preconceitos em todas suas manifestações.
Ao celebrar o Dia da Consciência Negra, o Brasil não apenas resgata uma parte essencial de sua história, mas também reafirma o compromisso com um futuro mais justo e igualitário para todos independente de raça ou cor.