Em um passo decisivo para valorizar a atenção primária à saúde, a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, nesta terça-feira (27), o Projeto de Lei nº 1743/2025, que autoriza o pagamento de uma bolsa complementar de R$ 7.536 para médicos residentes na especialidade de medicina de família e comunidade.
A iniciativa é do GDF e busca fortalecer a linha de frente do SUS no DF, reconhecendo o papel estratégico desses profissionais na prevenção de doenças e no cuidado contínuo da população.
A proposta, aprovada com amplo apoio no plenário, complementa os valores já pagos por programas de residência médica financiados pelo Governo Federal ou pelo próprio GDF. A execução ficará sob responsabilidade da Secretaria de Saúde do DF, em parceria com a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs).
Atenção básica como prioridade
Com carga horária semanal de 60 horas, os médicos residentes que atuam na atenção primária enfrentam desafios intensos: são eles que atendem comunidades inteiras, acompanham doenças crônicas, orientam em saúde preventiva e evitam que casos se agravem a ponto de precisar de hospitalização.
A nova bolsa reconhece essa realidade e tenta preencher uma lacuna histórica — tanto de valorização quanto de estímulo à permanência desses profissionais na rede pública.
Segundo o governo, o benefício será direcionado às áreas com maior necessidade e, caso não haja adesão total, poderá ser remanejado para outros programas de residência.
A proposta tramitou com celeridade, recebendo pareceres favoráveis das comissões de Saúde, Orçamento e Finanças, além de Constituição e Justiça. Agora, o texto segue para sanção do governador Ibaneis Rocha e deve começar a ser implementado assim que for publicado no Diário Oficial.
É uma política pública que olha para o hoje, mas, sobretudo, para o futuro. E que reconhece que quem cuida da saúde da gente também merece ser cuidado.