Neste sábado (23), a Sala Martins Pena, no Teatro Nacional de Brasília, foi palco de despedida e celebração. Ali, 102 estudantes da rede pública do Distrito Federal participaram do último encontro antes de embarcarem para uma experiência internacional que promete transformar suas trajetórias acadêmicas e pessoais: o programa Pontes para o Mundo.
Com apresentações culturais e a entrega dos kits de viagem que incluem uniforme, mochila e garrafinha de água , a cerimônia reuniu familiares, professores e autoridades. O clima era de expectativa e emoção.
O governador Ibaneis Rocha destacou a relevância da iniciativa, idealizada pela primeira-dama Mayara Noronha Rocha em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF). “Agradecemos ao governo do Reino Unido e ao BRB por toda a parceria que tem sido empreendida. Certamente será uma experiência muito boa para esses estudantes, que talvez não tivessem nenhuma expectativa de conhecer outro país, outra língua e outra realidade. Quem viaja pelo mundo sabe o quanto se adquire conhecimento”, afirmou.
Ampliação do programa
Durante o evento, o governador anunciou que o número de vagas será ampliado para 400 no próximo ano, com inclusão de novos destinos, como Japão, Alemanha e Espanha. Também será enviado à Câmara Legislativa do DF (CLDF) um projeto de lei que transforma o Pontes para o Mundo em programa permanente.
Segundo o governador Ibaneis Rocha, a medida reforça o compromisso do governo com a educação pública. “Temos investido muito na melhoria da educação no Distrito Federal. Reformamos quase todas as escolas das nossas mais de 800, faltam apenas 53, que serão concluídas até o ano que vem. Também investimos na valorização dos professores, o que garante avanços importantes para quem se dedica ao ensino”, completou.
Experiência internacional
Criado em maio deste ano, o programa tem como objetivo oferecer vivências acadêmicas, culturais e de inovação em instituições de ensino do Reino Unido. O embarque dos alunos está previsto para os dias 3 e 4 de setembro, com permanência de 17 semanas.
Durante o intercâmbio, os estudantes seguirão o calendário local, com atividades que vão além da sala de aula. Estão previstas visitas técnicas, passeios culturais e encontros com orientadores. Para apoiar a adaptação, desde o início de agosto os jovens vêm participando de sessões de acompanhamento psicológico, com exercícios de autorregulação e incentivo à autonomia.
A iniciativa, segundo a SEEDF, busca preparar uma geração de estudantes para encarar desafios globais sem perder as raízes locais. Ao fim do encontro deste sábado, o sentimento era de partida, mas também de esperança. Para muitos, o primeiro voo internacional será também o primeiro passo rumo a novas oportunidades.