Brasília Não se Cala: A Luta Contra o Ataque ao Fundo Constitucional

A ofensiva política contra o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) vai além de um embate técnico sobre finanças públicas. É, na verdade, um ataque à autonomia administrativa da capital federal, ameaçando pilares essenciais como saúde, educação e segurança.

Nesse cenário, não estamos apenas discutindo números ou modelos de gestão, mas a própria sustentação de um sistema que, há décadas, garante serviços essenciais para mais de 3 milhões de brasilienses.

O protagonismo de Ricardo Cappelli nessa articulação tem despertado reações intensas. Amplamente identificado como um executor fiel das diretrizes do governo Lula, Cappelli ganhou notoriedade – e críticas – por suas posições controversas. Suas ações vêm sendo vistas como um alinhamento político que negligencia as especificidades e as necessidades locais de Brasília, consolidando sua reputação como uma figura divisiva e, para muitos, “inimigo público do DF”.

As movimentações em torno do FCDF não só colocam em xeque serviços vitais, mas também levantam dúvidas sobre seus objetivos políticos, incluindo rumores de uma possível candidatura ao governo do DF com apoio de Rollemberg – uma ideia que já enfrenta resistência e descrédito popular.

No cerne desse debate está o Fundo Constitucional, um mecanismo que sustenta boa parte da segurança pública, por meio das polícias e do Corpo de Bombeiros, e também financia sistemas de saúde e educação. A extinção ou redução significativa do FCDF representaria um colapso generalizado, com escolas desassistidas, hospitais ainda mais sobrecarregados e uma segurança pública enfraquecida.

A mobilização popular, que inclui sindicatos, movimentos sociais e lideranças locais, reflete a indignação frente a essa ameaça. As redes sociais têm desempenhado um papel crucial na conscientização da população, com vídeos e campanhas explicando as consequências devastadoras da extinção do FCDF. Para os brasilienses, a luta não é apenas contra uma proposta de reestruturação fiscal, mas contra a instrumentalização política que ignora as demandas da capital e trata sua autonomia como uma moeda de troca.

O argumento de Cappelli, de que a medida busca “reestruturar o pacto federativo”, carece de credibilidade frente ao impacto real que a mudança causaria. Suas ações levantam a suspeita de que o verdadeiro objetivo é centralizar ainda mais o poder em Brasília, transformando-a em um campo de batalha para interesses políticos alheios à realidade local.

Confira o vídeo que circula  nas redes sociais em protesto contra Cappelli:

 

A defesa do FCDF transcende bandeiras partidárias. É uma causa que envolve a sobrevivência dos serviços públicos e, consequentemente, da qualidade de vida na capital federal. A extinção do fundo comprometeria não só o presente, mas também o futuro de Brasília, tornando essencial uma resistência firme e articulada contra essa tentativa de desmonte.

Mais do que uma questão orçamentária, proteger o FCDF é garantir que Brasília permaneça um exemplo de organização administrativa que respeita a autonomia regional e assegura condições dignas de vida para seus habitantes. Trata-se de uma luta por justiça, soberania e pelo respeito à história e à importância da capital para o país. É hora de a população unir forças para impedir que Brasília seja reduzida a um peão no jogo político nacional.

 

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