Pela primeira vez em sua história, o Teatro Nacional Claudio Santoro, um dos ícones culturais do Distrito Federal, passará a oferecer acessibilidade plena ao público. As obras de restauro, conduzidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF), garantem a inclusão de pessoas com deficiência (PcDs) e mobilidade reduzida, sem abrir mão da preservação do projeto original, concebido pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer nos anos 1960.
Um dos destaques do projeto é a instalação de elevadores que conectam o foyer à Sala Martins Pena, além de atenderem ao subsolo, camarins e ao mezanino, onde fica a Sala Dercy Gonçalves. Para complementar, foram construídas rampas nas saídas de emergência, ampliando as opções de acesso para todos os frequentadores.
A acessibilidade também foi pensada para a plateia, que agora possui uma angulação especial que garante visibilidade total do palco de qualquer ponto. Além disso, espaços exclusivos foram reservados para cadeirantes e pessoas com deficiência visual, incluindo a possibilidade de presença de cães-guia. Assentos adaptados para pessoas obesas e banheiros completamente acessíveis – incluindo um sanitário específico no foyer – também fazem parte das melhorias.
As obras de restauro começaram em dezembro de 2022 e contam com um investimento de R$ 70 milhões apenas na primeira etapa. Coordenadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), as intervenções iniciais focam na implementação do sistema de combate a incêndios, na acessibilidade e na revitalização do foyer da Sala Martins Pena.
Com previsão de outras três etapas, o projeto ainda abrangerá a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo. Além de resgatar o brilho deste importante equipamento cultural, a iniciativa reforça o compromisso do GDF em tornar Brasília mais inclusiva, mostrando que é possível aliar modernização e respeito ao patrimônio histórico.