Em uma estratégia ambiciosa, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, trabalha para consolidar uma frente de esquerda entre PT, PSB e PSOL com o objetivo de retomar influência em cargos estratégicos no Distrito Federal. A articulação começa com a candidatura de Paulo Maurício, conhecido como “Poli”, à presidência da OAB/DF, e prepara o terreno para a possível candidatura de Ricardo Capelli, atual aliado de Dino no Ministério da Justiça, ao Governo do DF em 2026.
Flávio Dino acredita que, ao ocupar espaços de peso na capital federal, a esquerda poderá reduzir a influência de figuras bolsonaristas como Michelle Bolsonaro, além dos atuais gestores locais Ibaneis Rocha e Celina Leão. Ricardo Capelli, que ganhou projeção por comandar a intervenção federal no DF após os atos de 8 de janeiro, é visto como o nome ideal para enfrentar o desafio de uma candidatura ao Buriti, representando o PSB e trazendo sua experiência e alinhamento com Dino.
Em outra vertente, ele busca a presidência da OAB-DF, apostando no advogado Paulo Maurício, o “Poli”, próximo de sua família, e que conta com apoio de simpatizantes até do MST. Advogados e líderes locais expressam preocupações de que o plano de Dino possa transformar a OAB/DF e, futuramente, o próprio Governo do Distrito Federal, em palcos de um projeto político mais amplo, provocando um debate sobre o papel das instituições na promoção de agendas partidárias.